Segundo este link, a receita total do Brasil em 2024 é de R$ 4,78 trilhões, sendo uma parte oriunda da Receita Federal, responsável pelo recebimento de tributos, arrecadado R$ 2,7 trilhões (56,5% do total). E o restante (43,5%), de outras fontes (vendas de títulos e bens, prestação de serviços, aluguéis, previdência, etc).
Deste valor oriundo de tributos, a origem - conforme este arquivo - se compõe da seguinte forma:
Sobre a destinação do montante, uma parte é aplicada nos estados, sendo um pequeno percentual transferido para os governos estaduais e municipais de cada estado, e o resto são outras ações do governo federal nestes estados. Sobre o transferido diretamente aos executivos dos estados e seus municípios, trata-se de R$ 761 bilhões. Ou seja, 28% do arrecadado com tributos, ou 16% da receita total. Outra parte ainda da receita total é destinada aos locais indicados pelos deputados, as chamadas "emendas parlamentares". E o resto do montante, para todos os demais custos do governo.
Ao menos é o que parece compreensível ao cidadão comum.
Este site traz outras informações sobre a subtração de tributos para destinação a locais sob a eterna falácia da "redução de desigualdades regionais" (Título: Da tributação e do orçamento. Seção: Da repartição das receitas tributárias). Bem como este.
Em síntese, portanto, da receita arrecadada, aproximadamente 56% vem de tributos, e 43% de outras origens. Este segundo é mostrado no site citado somente pelos Órgãos e não pelas localidades, não sendo possível saber o estado de origem. Iremos nos basear então somente na receita oriunda de tributos. (2,7 trilhões - 56,5% do total).
Da destinação, é transferido diretamente para os estados (governos e prefeituras) 28% deste valor arrecadado de tributos. O restante fica com o governo federal.
Este recorte (valor arrecadado somente dos tributos X valor destinado somente a transferências diretas aos executivos estaduais e municipais) é a base dos nossos antigos estudos do tipo "quanto cada estado envia / quanto recebe" que se tornaram espalhados na Internet. Neste método iremos nos basear. As demais destinações muito provavelmente refletem as mesmas proporções.
Baseado nos cálculos, veja o resultado.
São Paulo, portanto, envia sem volta R$ 960 bilhões por ano ao governo federal, que o destina aos outros estados.
A região Nordeste recebe R$76 bilhões só em transferências aos governos. A região Norte, R$36 bi. Pode-se dizer então que o povo do Estado de São Paulo paga em tributos ao Nordeste R$76 bilhões por ano, e 36 bi à região Norte.
Há ainda vários outros envios. Neste link e neste link estão disponíveis os valores pagos no chamado "Novo Bolsa-família" conforme os estados. E as emendas parlamentares podem ser visualizadas aqui.
São Paulo - a população paulista - envia mais de R$900 bilhões em tributos federais. Para uma estimativa, na cotação do dólar de setembro/2025 (R$5,40), isto dá cerca de US$170 bilhões anuais, sendo US$15 bilhões somente ao Nordeste. Se considerar emendas, bolsa-família, etc, o valor mais do que dobra.
Para se ter idéia do montante, de 1948 a 1951, os EUA lançaram o programa de Assistência econômica à Europa para reconstrução pós 2a guerra, o Plano Marshal. O valor nos 4 anos foi em torno de 13 bilhões de dólares. Em valores atuais, estima-se que corresponde a 130 bilhões de dólares. Ou a média de 32,5 bilhões de dólares por ano. Ou seja, o Nordeste recebe por ano o mesmo valor que os países da Europa receberam para reconstrução após a guerra, porém estes limitado a somente quatro anos.
Não bastando o assalto acima, haverá também o estupro.
A Reforma Tributária, patrocinada pelo governador, trouxe a seguinte alteração no ICMS - imposto estadual. Por exemplo, uma indústria produtora de leite que vende para um comprador de outro estado, paga o ICMS para o estado onde está localizada. Com a "reforma", o imposto desta transação passa a ser pago para o estado onde está o comprador.
Além disso, toda a Arrecadação Estadual de tributos dos Estados deixará de ser administrada pela Receita Estadual, passando a ser controlada por um "conselho" formado por outros estados, federalizando assim os atuais tributos estaduais.


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